quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Amigo imaginário


Gosto do teu jeito de falar. Admiro o teu sorriso e teu jeito de andar me deixa fortemente convicta em que és alguém especial. Cativa-me pelos pequenos detalhes. Minúcias em que eu me apego facilmente. Sinto-me feliz em tê-lo ao meu lado e ao saber que contarei a ti todos os meus segredos e todos os fatos da minha vida se for preciso. Conto os milésimos de segundos para te encontrar. Às tarde que passamos juntos tornam-se inesquecíveis em minha memória. Sou grata por você estar sempre lá, esperando-me sentado no mesmo banco, na mesma praça às 15:20 todas as tardes. A cada dia certifico-me de que nunca faltará assunto entre nós. Mas fico timidamente vermelha quando ouço que o tenho só para mim. Logicamente, também me sinto egoísta ao não dividi-lo com ninguém nem ao mesmo com você mesmo. Mas quando tu colocas sua mão grande e quente sob meu rosto acariciando-me com cuidado, percebo que todas minhas preocupações são tolas. Seu carinho e amizade são totalmente verdadeiros e não há com o que me preocupar. Mas não gosto de lembrar que as tardes passam rapidamente e que a rotina ao término delas não é a melhor. A hora do adeus é inevitável, e você simplesmente some, evapora, não o vejo indo para lado algum. É como se nunca houvesse existido. Mas tento confortar-me e digo a mim mesma ali, sozinha e insegura: ‘até amanhã’, na expectativa de vê-lo novamente como o combinado.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ninguém é perfeito


 
...se todos fossem perfeitos não existiria a diferença, e seriamos um bando de pessoas ignorantes,  idiotas e deslumbradas com sua tal ''perfeição''. Assim algumas pessoas se acham perfeitas. mas se são perfeitas por fora são podres e burras por dentro.
 
 cmm

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Infância



Ah. Olhando ao meu redor, eu penso: como queria voltar ser criança. A infância sem duvidas é a fase em que não existem preocupações e nem precisamos nos dedicar tanto ao estudo ou ao trabalho. Queria voltar e fazer tudo de novo. As pessoas nós olham apenas como crianças. Não há maldade. As decepções passam despercebidas. E tudo pode ser motivo de festa. Meninos e meninas se vêem apenas como amigos. As brincadeiras ocupam o nosso dia, sem ter pensamentos fora do lugar. Na infância somos apenas crianças. Crianças que só querem brincar.

sábado, 31 de julho de 2010

Dormi bem


Essa noite eu dormi mais tranqüila, fui para o quarto mais cedo do que de costume, apaguei a luz e ali fiquei pensando na vida enquanto o sono não vinha. Pensando em como as coisas são. Os sentimentos já não são os mesmos. Eu já ajo diferente do jeito em que eu agia há alguns meses atrás. Rio comigo mesma quando penso nas bobagens que eu já fiz. Dos micos que já paguei. Mas eu dormi mais tranqüila, por saber que a vida é como tem que ser. Cada coisa em seu lugar. Uma coisa por vez. Quando menos esperamos pode acontecer aquilo que imaginamos por toda nossa vida. Pode ser bom. Ou não. Mas o importante é que eu sempre durma bem. Pra acordar disposta a enfrentar mais um dia. Hoje pela manhã pensei nisso novamente. E de cabeça erguida e confiante, vou ao mundo disposta à nele, encontrar o meu devido lugar.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Fui um idiota



Você me deixou. Disse que eu não era o bastante para alguém como você. Posso me lembrar perfeitamente do dia em que chegou ao meu apartamento, dizendo coisas que marcaram meu coração. Sua pele branca e seus longos cabelos pretos foram à primeira coisa que eu vi ao abrir meus olhos lentamente depois de uma noite mal dormida. Eu estava sozinho naquela cama. De repente seus gritos me fizeram despertar do pesadelo que eu tinha esperança que fosse. Queria estar dormindo. Mas aquilo era real. Você me disse que estava tudo acabado entre nós. Disse que eu não era o bastante. Você queria alguém melhor. Eu entendo. Eu sei que eu não sou um cara perfeito. Mas hoje, caminhando pelas ruas desertas, enquanto a água da chuva cai sobre meu rosto confundindo-se com minhas lágrimas que depois de anos, voltaram a sair dos meus olhos. Eu entendo. Nunca quis demonstrar meus sentimentos a ninguém. Sempre os guardei comigo mesmo. Ou nem comigo. Sou um cara fechado, não gosto de me expor. Mas hoje percebo que errei. Errei feio. Perdi o amor da minha vida. E hoje só tenho a mim, pra demonstrar meus sentimentos que já são os melhores.

domingo, 25 de julho de 2010

Sonho eterno


Minha vida parecia estar de ponta cabeça. Em apenas um mês ela ficou um desastre: Meus pais entraram na sua segunda lua de mel, e foram para Paris. Eu continuava ali, na pequena e monótona cidadezinha de sempre. Foi quando recebi uma ligação, que minhas pernas ficaram frouxas e que percebi que o sentido da minha vida estava por um fio. Pela infelicidade do destino no dia 13 de abril de 1989 meus pais sofreram um trágico acidente e não sobreviveram. Logo depois tentando me recuperar, mudei de cidade. Perdi o contato com meus amigos e com os poucos familiares que me restava. Eu estava sozinha. Sem ninguém. As luzes, o barulho e o tumulto da cidade grande me deixavam a cada dia, mais louca e depressiva. Depois de chegar de uma lanchonete que ficava em frente ao kit-net que eu alugava. Resolvi tomar um banho. As lembranças ruins não paravam de passar pela minha mente. E enquanto a água caia sobre meu corpo, a mesma se misturava com minhas lágrimas. Depois disso, tomei alguns remédios e fui me deitar. Dormir era a única coisa que me fazia bem, pois eu ainda tinha esperanças que pudesse encontrar meus pais nos meus sonhos.
Encontrei-me em um túnel escuro, longe de tudo e de todos. O silêncio e o frio predominam aqui. Sem poder enxergar, não sei os passos que devo dar. Não consigo ver luz alguma. Não tem como saber se há paredes ou não. Não consigo enxergar mais nada além de escuridão. Na minha mente consigo enxergar apenas barreiras. Barreiras por toda parte. Eu sei que devo enfrentá-las. Mas tenho medo. Tenho medo de ir além. Não sei os passos que devo dar. Não consigo ver luz alguma. Não quero ficar o resto da minha vida aqui. Preciso ir além. Aos poucos vou tomando coragem e prossigo. Não sei pra que lado estou indo. Vou devagar. Não quero fazer barulhos. Não sei onde realmente estou. De repente sinto algo no meu ombro, e uma respiração ofegante sobre mim. Corro. Parecia que tinha percorrido quilômetros. Enfim avistei a luz. Lá no fim. Mas pra mim já era o bastante. Só queria sair daquele lugar. Cada vez que eu me aproximava a visão ficava mais clara e óbvia. Eu estava em um lugar completamente diferente dos que eu já tinha visto. Era um jardim imenso. Com muitas pessoas, pássaros e borboletas. Era diferente das praças que eu costumava frequentar. Várias pessoas olhavam para mim. Por um momento fiquei sem jeito. Elas olhavam, sorriam, mas ainda assim ninguém vinha falar comigo. Até que avistei um senhor, devia ter em torno de 75 anos. Perguntei onde nos estavamos. Ele não respondeu. Apenas sorriu e apontou seu dedo indicador para uma árvore que estava na minha diagonal. Fui até lá, mas não tinha ninguém que pudesse me ajudar. Estava cansada, mal conseguia ficar em pé. Ali me encostei e logo peguei no sono. Um leve cochilo, mas que me fez dormir por provavelmente 1 hora. Ao acordar podia ver algumas pessoas ao meu redor. A visão era meio embaçada. Levantei-me rapidamente. Um pouco assustada. Percebi que eram dois casais, provavelmente deviam casados. Não os conheci. Uma moça com olhos verde água me deu a mão, como se quisesse me levar a algum lugar. Eu não tive escolha. E ela me pareceu confiável. Pouco tempo depois já estávamos em outro lugar, dessa vez era uma casa, tinha moveis antigos e parecia ser habitada por várias pessoas. Pensei comigo mesma que talvez fosse uma pensão. Ela me colocou em frente à uma porta e me deixou ali. Estava sozinha mais uma vez. Pensei um pouco, e resolvi abri-lá. Era um quarto. Avistei minha mãe sentada na cama e meu pai ao lado, em pé, perto da janela. Meu coração disparou. E fui correndo encontrá-los. Ali ficamos um bom tempo conversando e matando a saudade. Do nada, olhei para o lado e eles já não estavam mais lá. Continuei ali, com a esperança de que eles voltassem. Não queria perde-los novamente. Fiquei horas e horas, sentada na cama, e sozinha mais uma vez. Já era noite e como eu não tinha pra onde ir permaneci no quarto e dormi. Acordei-me no dia seguinte. Olhei para os lados e percebi que não estava no mesmo lugar. Esse lugar era feio, as folhas eram secas, tinha uma paisagem obscura e me deixava angustiada. Logo um homem mau vestido, veio em minha direção, me perguntou se eu estava perdida. Fiquei com medo, pois ele parecia com aqueles típicos assassinos e ladrões que aparecem o tempo todo na TV. - Por um momento fiquei tranqüila quando me lembrei que poderia ser só um sonho, pois afinal dormi com o intuito de ver os meus pais, nem que ao menos fosse a um misero sonho. - Me dei de conta que ele ainda estava esperando pela minha resposta, foi quando disse que não sabia onde estava. Rapidamente ele me respondeu: fica tranqüila, aqui não parece um lugar ruim, pelo menos é melhor do que o lugar onde vivíamos, foi por isso que eu me suicidei, deve ter sido assim com você, quando optou pela morte.
Meu chão caiu novamente. Ele tinha acabado de dizer que eu havia me suicidado. Eu não seria capaz de fazer isso comigo, seria? Foi aí que as lembranças vieram na minha cabeça. Antes de dormir eu devia ter tomado todos os comprimidos do envelope de depressão. Estava mal, não agüentava mais. Entreguei-me. Como pude? Mas por um lado valeu apena, vi meus pais mais uma vez, foi rápido, mas guardarei na memória até enquanto puder. Ainda me arrependo do que fiz. E sei que vou pagar caro por isso. Hoje só quero que as pessoas me entendam, assim como eu quero me entender.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mulheres são fodas

não broxam, não ficam carecas, não sofrem de fimose, tem um dia internacional, sentar de pernas cruzadas não dói, podem usar tanto rosa como azul, tem prioridade em boates ou em qualquer lugar, não pagam a conta, no máximo racham, a programação da tv é 90% voltados para elas, a idade não atrapalha no desempenho sexual, se são traídas são vítimas, se traem eles são cornos, mulher de embaixador é embaixatriz, homem de embaixatriz não é nada. São monogâmicas, embora precisam testar vários homens para achar um que tenha valor, se resolverem exercer profissões predominantes masculinas, são pioneiras. Mas se um homem exerce profissão tipicamente feminina é bicha, e por último: fazem tudo que um homem faz só que com um detalhe: de salto alto.
 
cmm